O enigmático azul-egípcio… o primeiro pigmento sintético do mundo. Os antigos egípcios criaram-no há 5000 anos para imitar o lápis-lazuli, uma pedra natural, mas rara… e cara!
O novo pigmento ajudou a espalhar o azul pela região do Mediterrâneo em toda a espécie de artefatos. Os gregos chegaram a escrever sobre as suas diferentes variedades. Os romanos adoravam-no nos frescos e edifícios. No entanto, com o tempo a receita acabou por se perder.
Agora, uma equipa multidisciplinar de cientistas dos Estados Unidos conseguiu chegar à fórmula do famoso azul-egípcio.
Os investigadores recorreram a materiais disponíveis no antigo Egipto e até usaram um antigo pilão e almofariz! Depois, ajustando quantidades e temperaturas, testaram 12 métodos diferentes até chegarem ao lendário azul.
E ainda havia uma surpresa: descobriram que o pigmento é capaz de emitir uma luz invisível a olho nu! O que abre portas a utilizações nas áreas da biomédica, segurança e criminologia.
Criar o azul-egípcio só foi possível graças ao melhor da ciência moderna, horas de laboratório e o esforço conjunto de egiptólogos, antropólogos, engenheiros químicos, mecânicos e muitos outros investigadores.
Resta a dúvida… como o fizeram os egípcios há 5000 anos? John McCloy, diretor da Escola de Engenharia Mecânica e de Materiais da Universidade de Washington, só tem uma resposta: «Essa é a pergunta de um milhão de dólares…».